Fennesz - Endless Summer (2001)

   

O mais recente lançamento da excelente editora austríaca Mego, que conta com nomes como Evol, Farmers Manual ou Pita, não deixa os créditos da etiqueta por mãos alheias.

O austríaco Christian Fennesz vem, com o seu último álbum, confirmar um facto que há não muito tempo seria um paradoxo: o "avant-garde" pode revestir-se de envolvências coloridas e lânguidas. Esta é uma definição que se ajusta perfeitamente a Endless Summer.

Fennesz passeia-se entre a doce claridade dos Beach Boys e o caos sónico do "ruído branco", ora buscando influências a um, ora acrescentando elementos do outro. O resultado desta experimentação é um álbum calmo, revigorante e, sobretudo, excelente.
Músicas como Caecilia, onde o "background" de uma guitarra distorcida é docemente coberto com melodias vibrantes e campainhas; ou A Year In A Minute, com um órgão de tubos movendo-se em três acordes e aumentando de intensidade à medida que vai sendo substituído por sons electrónicos, constituem o prato forte de um álbum incrivelmente coeso.

Depois de Plays (1998/Mego), onde Fennesz se dedica à reinvenção de melodias dos Beach Boys e dos Rolling Stones através de "feeds" de guitarra para o seu Powerbook, esta obra é a confirmação do talento deste muito promissor austríaco. A melhor definição que podemos atribuir a este álbum é mesmo a da editora Mego:

"Endless Summer's geographic location is where analogue and digital worlds meet, however this is no battle or pointless pro/contra argument, but the perfect balance. A balance that many strive for but rarely reach"

Um dos grandes lançamentos do ano, recebe aqui no Colectivo

Nota 8 de 10

Mego

 

 


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