Reich Remixed (1999) |
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Em
seguimento da semana dedicada pelo Colectivo a Steve Reich, no âmbito
do Mês dos Compositores Contemporâneos, aqui fica a crítica
ao álbum de remisturas Reich Remixed.
Em
traços gerais, é notória a "cobardia"
dos intervenientes no processo de remixagem de algumas das peças
mais famosas desse "monstro" que é Steve Reich em desvirtuar
a essência dessas mesmas peças. Isso não significa,
porém, que o trabalho dos mesmos saia prejudicado. A prova mais
evidente disso é o "rework" de Howie B em Eight
Lines. Note-se como foi possível acrescentar algo de novo,
nomeadamente a nível de percussão, à obra de Reich,
conferindo-lhe uma sonoridade mais moderna. Um trabalho excepcional,
a servir de mote ao duo de DJs britânicos Coldcut, que em Music
for 18 Musicians conseguiu forjar ritmos verdadeiramente alucinantes
por cima da plataforma permissiva que Reich criou. Duas peças
que se destacam grandemente do resto do álbum, para além
do Megamix protagonizado pelos Tranquility Bass, que misturaram
várias obras de Reich em 10 minutos de pura aula de DJing. Ressalva
ainda para o trabalho de Nobukazu Takemura em Proverb, que em
nada fica a dever em qualidade aos anteriormente mencionados. O resto
do álbum pauta-se por uma mediocridade confrangedora, em que
os "mixes" de Andrea Parker (The Four Sections) e Ken
Ishii (Come Out) são exemplos flagrantes. Uma pena que
os nomes escolhidos para trabalhar o som de um dos mestres da música
electrónica não tenham sido, no todo, bem sucedidos. Nota 6 de 10 Nonesuch/Warner Brothers |
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